Toda mãe diz que não tem preferência entre os filhos.
Mas nós filhos sabemos que isso não é verdade.
Por mais que a genitora defenda até a morte a tese de que gosta de todos os filhos igualmente, é notável e acredito até que seja normal (até certo ponto) que ela se identifique, simpatize e admire mais um dos filhos.
Mãe não é Deus. Mãe é um ser humano de carne e osso que pode e tem o direito de errar, mesmo dizendo que foi tentando acertar (desconfie disso, as vezes é querendo errar mesmo). Preferir um dos filhos não é um erro. Pois, como qualquer pessoa, uma mãe também tem suas preferências, mesmo quando se trata de filhos.
O chato é quando essa preferência fica clara demais e a mãe não faz a mínima questão de tentar disfarça-la, embora ainda diga que gosta dos dois (três, quatro...) da mesma maneira.
Tenho alguns exemplos vivenciados por mim que caso tenha acontecido com você, não se desespere, mas você não é o queridinho da mamãe. Pode até ser melhor para você não sê-lo, já que os filhos escolhidos geralmente são os mais fracos, dependentes, os mais problemáticos e também os que mais levam preocupação para as suas respectivas mamães.
Nós, os não preferidos, somos independentes por natureza, geralmente somos líderes nas brincadeiras e futuramente nos trabalhos, temos um poder maior de resiliência (capacidade para superar grandes/pequenas perdas), resumindo somos fortes e maduros. Temos a tendência de dar certo na vida, pois, nossa capacidade de adaptação é gigantesca. Além de termos sempre uma vontadezinha mesmo que intrínseca de ter atenção e a preferência da mamãe, procuramos ser os melhores em tudo o que fazemos para chamar atenção de alguma forma, mas, ainda sim, ele prefere o outro (a).
Certa vez eu estava jogando "futebol" com minha adorável irmã (na verdade a bola era uma Barbie), eu tinha uns 8 anos e minha irmã tinha 6, e aconteceu de as duas chutarem a bola ao mesmo tempo, resultado: dor, muita dor. Mas eu não chorei, enquanto minha irmã ficou em prantos. Logo, chega mainha do trabalho e se depara com aquela cena... Eu tive tempo de explicar?! De maneira nenhuma. Levei logo uma mãozada, afinal, a irmã malvada bateu na irmã boazinha e indefesa, foi um flagra e não há fatos contra argumentos.
Esse é só um exemplo dentre os mais diversos que eu poderia citar.
Sem querer me estender mais sobre esse assunto, a mensagem que eu deixo para os não preferidos é a seguinte:
Continuem a fazer o melhor que puderem em tudo e não se deixem abater por falta de reconhecimento e injustiça, os seres humanos são falhos, mas existe algo muito superior a tudo isso e que de fato não fará distinção entre nenhum de seus filhos, pois verdadeiramente ama bilhões de pessoas da mesma forma: Deus.