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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Amizade

Palavra engraçada.




Lembro-me de mainha dizendo que no alto de seus quarenta e poucos anos, não lhe tinha sobrado mais que um amigo. Eu achava que ela só me dizia aquilo para me assustar ou que o caso dela era uma excessão no mundo e que nunca aconteceria comigo... Afinal, no tempo de escola é muito fácil ser e ter amigos. É muito fácil estar perto dos seus amigos quando você os vê pela obrigatoriedade do dia-a-dia escolar. Quero ver ser amigo quando essa obrigatoriedade acabar...

Nunca pensei que fosse acontecer comigo um dia... E não é que aconteceu?!


Eu não sou lá nenhum exemplo de amizade perfeita, claro que não, estou longe de ser. Mas eu adoro ajudar os outros. No que eu puder, eu ajudo e é recompensador para mim, ver alguém feliz e satisfeito graças a uma ajuda minha. De coração, eu fico feliz junto. Mas acontece que eu cansei de me doar, de ir atrás, mesmo que poucas vezes, eu tirava um tempinho para procurar os meus poucos amigos. Mas eu nunca vi nenhum deles fazer o mesmo, a menos que eu os chamasse. 

É fácil falar: "vamos combinar..." E nunca combinar nada. Ou "Venha qualquer dia..." Mas nunca vir até mim, qualquer dia. É fácil julgar... É fácil não se colocar na pele da outra pessoa e pensar só em si. Não tomar iniciativa e querer que o outro tome. Não fazer porcaria nenhuma e querer que o outro faça. Se fosse há alguns anos atrás, provavelmente eu não me importaria com nada disso. Mas acho que alguma maturidade de vida lá no fundo do meu ser me fez enxergar que pode ser diferente. 


Me lembro de quando eu fazia um curso no SENAC e tinha um menino na minha turma que eu nunca tinha falado e obviamente, que ele também não. Eu fiz de propósito. Tinha mania de me aproximar e falar com todo mundo, daí resolvi mudar: "se ele não veio falar até hoje é porque não quer, como por mim tanto faz, eu também não vou falar". Na última semana de curso, teve uma dinâmica e esse menino era muito brincalhão, todos riam do que ele falava e ele falou para todos e para o professor: "aquela menina (apontando pra mim) nunca falou comigo e todo mundo aqui fala comigo". Fiquei super sem graça e achei ótimo o que o professor disse: "e porquê você não foi falar com ela?" E eu: "sim?" Todos da turma o vaiaram e ele ficou mais sem graça ainda e sem resposta. Contei essa situação, para comparar com os "amigos" que cobram de mim, aquilo que eles não fazem. 

E no fim, aquilo que a minha mãe me falava, era uma preparação para a realidade que é a vida.

Acho engraçado quando alguém vem comentar sobre suas "amizades" comigo. Quando alguém me diz que foi falar o quanto estava mal com alguma situação para o seu amigo e esse amigo o respondeu com um: "É peso." E logo voltou a falar de si, mostrando-se super preocupado com o seu "brother" ou com a sua "amiga-irmã".

É preferível não ter amigo, se é esse o tipo de amigo que se tem. É muito egoísmo para uma humanidade só.

Já tem gente, que julga por seus amigos, aqueles que estão presentes nos momentos de lazer, na hora da farra e da bebedeira... Coitados. Também é muito fácil ter esse tipo de amigo, se você tá bem estão todos lá. Já quando por um acaso da vida, você precisa ficar acamado por meses... Cadê os amigos? Eles somem. E melhor do que eles, ninguém sabe sumir tão bem.

Há ainda, aqueles "amigos" que só é você se dar bem na vida que "Puff!" passam a odiar você. Por quê? A palavra inveja é muito feia, mas é por causa dela mesmo. Inventam de tudo: que o "dinheiro" lhe subiu a cabeça, que você enricou e não quer mais saber dos pobres... E saem falando mal de você, pois é. Se você se destaca num trabalho, o mundo quer a sua cabeça. Se você tirou a melhor nota naquela prova difícil até os seus melhores amigos acham injusto. Você nunca poderá se sair melhor em nada, para ser "amigo" dessas pessoas, mas não conta pra elas! É que "alegria alheia incomoda", como disse Rita Lee.



Como bem disse Danusa Leão, roubado do Facebook da minha querida ex-professora Camilla Coriolano:
"Sobre amizades, mais uma coisinha: se você estiver mal, e precisar de alguém para ouvir que ele te deixou, que o novo trabalho não pintou, ou coisa do gênero, vai ter um monte de gente pra te ouvir, te dar um ombro; (...) Ao contrário do que se diz, amigos existem na hora em que a vida está péssima. Mas se ficar tudo maravilhoso, prepare-se para momentos de grande solidão." 
Porém, há controvérsias. 

Na minha concepção, com a pouca experiência de vida que eu tenho, os "amigos" te abandonam se você está muito bem, se você está muito mal ou se você não está disposto a não esperar nenhum retorno deles. Cabe a você decidir se quer ser amigo sozinho, porque eu sinceramente, cansei.

E me desculpe, "amigo", se eu não te agradei, se nem Deus agradou a todos, você não esperava esse feito de mim, né? 

Também não poderia esperar grande coisa, se o meu próprio pai, sangue do meu sangue, só vem me ver de ano em ano (e olhe lá) e quando vem é só para dizer que tá doente e falar de si, porque seria diferente com os "amigos" que eu escolhi? Tentarei escolher mais criteriosamente das próximas vezes, se é que haverão próximas vezes.

Ainda resta a minha família (com todos os defeitos e problemas do mundo), graças a Deus. E o meu namorado, que independente de ser meu namorado é o melhor amigo do mundo e abrangendo para o lado espiritual, Deus sim é um amigo fiel, mas claro, não vou compará-lo a nós, pobres mortais. Ah, e que saudade do meu cachorro... Aqui na terra, ninguém o supera, se tratando de amizade.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Frescuras numa rede social


Está rolando ultimamente uma frescura sem tamanho nas redes sociais, mais especificamente no Facebook, onde muita gente está "bloqueando" as pessoas ou mandando "voltar para o orkut" somente porque não concordam ou porque não gostam das coisas que esses seres candidatos ao bloqueio postam em seus respectivos murais.


É engraçado.

Por acaso alguém poderia me responder se posta, compartilha ou traz a público alguma coisa para agradar alguém? Não, né?! E acho que esse é o princípio de uma rede social que: 

"É uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações que partilham valores e objetivos comuns..." 
Ou não.
Os objetivos podem ser diferentes e o são, na maioria das vezes, e daí?!

Há, claro, quem se importe com o que os outros vão dizer/pensar/achar/julgar, mas com toda certeza ninguém deixa de ser o que é, ou seja, de gostar do que gosta, de achar digno de compartilhamento o que lhe agrada, dentre outras coisas, para que fulano ou sicrano "curta", apenas.

É uma bobagem sem limites, porquê na vida, todos nós lidamos com todo tipo de pessoa e não temos a opção de "bloqueá-las" (a não ser que você curta matar, de vez em quando) quando não gostamos de algo relacionado a elas. Muito pelo contrário, lidar com gente de todos os tipos nos faz aprender mais sobre o outro, sobre as frustrações quando nem tudo é do jeito que queremos, sobre os diferentes pontos de vista e isso é o que nos enriquece culturalmente e nos faz filtrar e reconhecer quem nos somos ("Nada se cria, tudo se copia"), graças a diversidade de informações, julgue você as informações necessárias ou não.

A vida é isso.

Não espere cultura de uma rede social, pois o que você não aprendeu offline, não vai aprender online no Face. Não espere que todos sejam iguais a você, gostem ou não gostem do que você gosta, ou tenham o mesmo tipo de educação e bom senso, definitivamente, seria um saco se fosse assim. Já imaginou todo mundo compartilhando as mesmas coisas? Todos os status idênticos? Todas as pessoas iguais?




Se você não consegue conviver em sociedade (numa rede social) se isole ou então faça como Hitler, tente transformar essa diversidade toda em uma raça pura onde todo mundo faz e acredita exatamente igual. Palhaçada.


E claro, que tu não precisas concordar com esse post. rs Pensa diferente? Viva! 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Músicas da Infância

      Meu falecido padrasto, que estava mais para um pai, costumava fazer sempre as mesmas coisas, como: comprar 20 din-dins, jogar tomb raider (naquela época era um luxo) e ouvir o mesmo CD de sempre bem alto em duas caixas de som enormes que ele mesmo havia construído. Ele tinha muitos CDs de música e de jogos.

      O CD que ele sempre ouvia acabou marcando a minha infância e todas as músicas desse CD me causam certa nostalgia... 

      Infelizmente, eu sempre tive o hábito de emprestar as coisas e isso já me ferrou algumas vezes, como da vez que eu emprestei a aliança de ouro e brilhantes da minha mãe a uma imbecil que sumiu com ela e na hora de devolver comprou uma aliança fajuta totalmente diferente.

     Eu sempre tive em mente que iria trabalhar muito e ter algum dinheiro na vida para um dia finalmente reaver uma aliança idêntica para minha mãe e eu vou fazer isso, tenho dado um jeitinho e vou presenteando mainha com alianças mais humildes desde que comecei a trabalhar... Mas um dia darei uma da mesma, quiçá melhor.

     O outro empréstimo do qual tenho grande arrependimento é o do famoso CD que eu havia falado anteriormente e que o meu padastro escutava todos os dias. Eu ainda me lembro do nome da miserável: Estefani Guedes. Certo dia, Estefani pede para ver o CD que eu estava e de repente acha uma música que era a preferida de sua irmã falecida... Ela implora para levá-lo para casa e ouvi-lo, eu besta e comovida com o pedido deixei, mas pedi que ela por favor tomasse cuidado já que também se tratava de uma lembrança que a minha mãe tinha do meu padastro. 

Nunca mais.

      Eu pedia todo o dia esse CD a inútil da menina e ela sempre dizia que traria no outro dia. A menina saiu da escola e eu perdi totalmente o contato com ela. Outro CD não teria o mesmo valor, mesmo sendo o mesmo CD... Era aquele CD que era tocado e colocado no som todos os dias, era aquele CD que nos dava um pouco da lembrança maravilhosa que o nosso pai havia nos deixado.

      Anos mais tarde encontrei a infeliz do CD numa solenidade e a perguntei do CD, ela me disse toda cheia de razão e irritada que havia emprestado. Juro que se eu não tivesse que estar arrumada para entregar rosas em homenagem ao dia das mães, para a mãe do então governador, Cássio Cunha Lima, eu teria enchido a cara dela de bolacha. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH que ódio eu tenho só de lembrar. Me lembro de ainda ter discutido com ela: "mas não era seu, porque você emprestou?" Nojenta: "ah, porque eu quis. Vai fazer o que?"

     Nada. Não fiz nada. Bater nela só iria me descabelar e não traria o CD de volta. Mas saiba Estefani Guedes que onde você estiver, existe uma pessoa que te odeia e que daria tudo para comer a sua cabeça. Sua cabeça de Bombril!

      E que fique a lição para todos que lerem esse post nuuunca emprestem nada que vocês queiram de volta, porque NÃO VOLTA.

     Esse post era pra ser pequeno, mas acabou sendo grande porquê as músicas desse CD foram a trilha sonora da minha infância e eu só iria lista-las para conhecimento geral, só que só de lembrar do vacilo que eu dei... Eu começo a me estender e vamos ao que interessa... O CD é esse:





quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Sobre pseudo intelectuais...



"Quem sabe que é profundo busca a clareza. Quem deseja parecer profundo para a multidão procura ser obscuro porque a multidão toma por profundo aquilo cujo o fundo não vê, ela é medrosa... Exita em entrar na água". Friedrich Niezsche

domingo, 1 de janeiro de 2012

2012


2012 será, sem dúvida, um ano árduo de muito trabalho, conclusão de curso, noites em branco, psoríases estourando e dentes apertando. 

Terei de buscar as forças que eu não tenho para sobreviver a 2012. Serão muitos desafios, infelizmente não poderei agradar todo mundo e mesmo que eu não agrade a absolutamente ninguém, tenho que ser corajosa para seguir, independente do que aconteça. 

Tomar decisões para uma geminiana com ascendente em libra não é nada fácil. E esse será um ano que me exigirá tomada de decisões, força e coragem.

Respiro fundo, peço ajuda a Deus e sei que tudo posso. 

Vamos lá...